quarta-feira, 16 de abril de 2014

O Amor é Molhado


Quando você me olhou daquele jeito, naquele dia, foi intenso demais para minha pobre inocência.
Quando falou comigo daquele jeito, naquele dia, foi quente demais.
Entregando aquele convite ao pé do ouvido.
Você, sempre demais.
Foi capaz de ver as faíscas se espalhando em meu olhar.
E com tanto calor transformou em labaredas, e elas em uma
grande fogueira, que agora eu acendo junto com você.
Eu te vejo ainda, e te verei pro resto da minha vida.
Seu rosto assombra meu íntimo quando deixo meu toque me possuir.
Sua boca parece uma gota, quando escorre entre meus seios.
Me chama pela cintura e prende minhas coxas em seus dedos.
Por que não há quem ouse dizer que não sou sua.
Cairá a morte quem disser que você não é meu.
Eu, sempre demais.
Tem quem diga que sou muito para nós dois, pois eu digo que sou pouca para  a quantidade de desejo que temos.
Espero mesmo, um dia transbordar amor, me fazer realmente demais.
Por esses dias te provei, descobri que amor tem gosto bom.
Pelo menos aceitável, degustável, viciante.
Aqui escrevendo esse desabafo de um corpo inquieto pelo simples fato de está falando de você, um corpo trêmulo, corpo arrepiado, corpo seu.
Me sinto transbordar, encharcar de amor.
Queria você perto agora.
Juro que a próxima vez que eu transbordar amor assim, te dou um gole.
Quero te ver embriagado, revirando os olhos, sem controlar a respiração.
E seu corpo com inveja do meu, vai transbordar também.



                                   Laiane

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