Vejo a tristeza se alastrando
Lágrimas rolando
Esperança esvaindo
Áspero sofrimento
E como pó
Corações esfarelados
Sonhos despedaçados
Misturam-se ao barro do chão
Mas lá vem o cortejo
E para Deus, ergue-se a mão
Tem piedade, Espírito Santo
Me ampara
Dai-me ânimo
Me faz esquecer a dor
Da fome e dos calos
Porque sou trabalhador
Máscaras caídas
Realidades escancaradas
Mas a novela começou
A alienação se multiplica
Peitos perfurados
Vidas arrancadas
Numa sociedade cruel
Que rasga sua dignidade como papel
Alice Laurentino
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